quarta-feira, 9 de abril de 2008

O Trovador Sem Nome


Estás perdida do teu mundo, e deste também.

Sou só mais um simples trovador incógnito, porque te encantas?
Tento dar-te esperanças, tantas, tantas
Mas não consigo, já o disse, sou só um trovador.
Escrevo com o dedo na areia.
Sou cinza desse fogo que já ardeu.

Sei que neste agora vês tudo morrer.
Desafio o vento a atiçar-me. Labareda contestante, sou-a agora.
Não tarda espero que te consigas contradizer.

Estás perdida do teu mundo e deste também.

Não tenho nome, nem cara, nem máscara para não a esconder.
Todos me têm, mas não sou de ninguém.

Só tu não me tens, vês-me longe de ti.
Tocas-me no cabelo flamejante, e digo-te:

"Sou só eu, o Trovador Sem Nome."
(Sei-lo apenas, pois não me sei ver.)