Desamparo
Ao senhor da "Casa das Queijadas" de Sintra, sujo desamparo me tocou.
Porque alguns se perdem no tempo e vivem na mágoa do presente que tenta espelhar o passado.
Porque são horas demais, dias demais, que sofres por não saber.
Porque são esses olhos perdidos que choram.
Frágil, perdeste-te nas mãos da sorte, não sabes o que chamar teu.
Percebeste que este ar, outrora te, te escapa das mãos.
Olhas-te e não te vês. Longe desta tua realidade que vives inconsciente, ou direi antes, nessa tua irrealidade que vives consciente?