quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Os Lusíadas em: Odisseia das Escolas 2007


Não querendo agoirar, mas as nossas adoradas férias eventualmente chegarão ao fim, e esse fim, aproxima-se. E assim, todos retomaremos os nossos postos de trabalho...sendo estes para um grande parte da população, as escolas.

No caso da Marta, nome fictício, o facto de ter de mudar de escola este ano, está a tornar-se um pesadelo: como ficarão a saber aqueles que ainda não sabem, depois do 9º ano de escolaridade, caso queirão continuar os estudos, os alunos têm de escolher uma área para estudar. Tendo 5 escolhas possíveis, Marta optou por seguir Ciências e Tecnologias, e assim, uma vez que supostamente frequentará o 10º ano de escolaridade, tem de mudar de escola. Novas escolhas tiveram de ser feitas, deixando na matrícula assinaladas 5 escolas que desejaria frequentar, por ordem de preferência.

Ora, ao contrário do que se esperaria, Marta não entrou na escola de primeira escolha, acompanhada pelas suas amigas, deparou-se com o facto de também não constar na lista de alunos admitidos na segunda escola, nem na terceira, nem na quarta, e muito menos na quinta, onde fui bastante mal atendida.

Na lei, consta que caso o aluno não seja admitido na última escola da sua lista, esta tem o dever de o contactar informando-o do caso.

Isto pode, ou não eter sido cumprido, pois a mãe de Marta recebeu, durante a sua ausencia para férias, um telefonema não identificado de alguém que desejava discutir a admissão da sua filha nas escolas. Falaram então com a sua antiga escola, que declarou não ser a autora do telefonema, pois Marta já não lhe "pertencia".

Era esta a informação que pretendia obter por parte da quinta escola, se tinham telefonado, ou não. Mas antes que pudessem pedi-la à senhora Fernanda, nome não fictício, "senhora-com-uma-função-que-não-consigo-definir", o telefone na sua secretária tocou.

"-Bom dia, Escola Secundária de Camões, blábláblábláblábláblá..."


--é pouco educado escutar as conversas, mas esta estava a durar tanto tempo que não puderam não ouvir--


"...ai recebeu um postal a dizer que o seu filho entrou na escola? Olhe que bom, tenho aqui uma desgraçada que nem na escola entrou! bláblábláblábláblá..."

"...olhe, chamo-me Fernanda, bláblábláblábláblá..."


Tamborilavam com os dedos no blacão, tossiam e pigarreavam, e no entanto a conversa continuava. Podiam até ter desligado o telefone à senhora. Mas esta conversa durava tanto tempo que quase trocavam receitas pelo telefone!!!

Finalmente ela pousou o auscultador, e nisto as jovens determindas indagaram sobre o telefonema mistério.

D. Fernanda descartou as culpas (que na verdade nem existiam!) afirmando que não tinha acesso a essa informação e bláblábláblá... Assim, pediram o número de telefone da escola, que lhes foi transmitido mas com o aviso de que aquele género de informação também não era partilhada por telefone. "Esperem até às duas que é quando a secretaria abre..." blábláblá... podia até dizer para visitarem o bar...Horários e mais horários estavam a ser vomitados pela D. Fernanda sempre com o aparente objectivo de descartar culpas!

Assim, as jovens decidiram que não estavam pacientes o suficiente para a situação se desenrolar mais, deram as boas-tardes e virando as costas, saíram.

Não se sabe como ficou D. Fernanda, mas calcula-se que tenha continuado a vomitar horários...e a trocar receitas pelo telefone.


Mais tarde foram informadas de que esta situação tem estado a acontecer a vários alunos que querem ingressar no 10º ano este ano. Por isso posso tirar algumas conclusões:

"Em 1992 houve um mini baby-boom."; "O país é governado por D. Fernandas"; "Os alunos de 92 são muito inteligentes"; "Os alunos de 91 são pouco inteligentes"; e outras mais...


Peço apenas que caso despeçam a D. Fernanda do seu posto que me informem. É que ela lembra-me um anuncio que anda a passar, que tem como tema " livre-se do seu mono, já", mas por outro lado parece-me normal que a conservem uma vez que têm panfletos da escola impressos ao contrário. Uma desonra para o autor d'Os Lusíadas.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Possível Epifania


Identidade, Criatividade, Originalidade, são 3 características que acho importante fazer parte do carácter de cada um. Sendo coisas extremamente importantes a meu ver. São insubstituíveis e completamente alteráveis, e no entanto vitais.


Identidade: Aceito que alguns procurem eternamente a sua verdadeira identidade, mas nesse caso considero que é essa a sua identidade. É, para mim, a característica mais alterável. E que se define a partir de tudo o resto. É dependente.


Criatividade: É importante na resolução de todos os problemas, para manter uma boa saúde mental, até. Todos temos criatividade. Apenas se estende mais numas áreas que outras, e por vezes mais exercitada do que noutras... Para ser cultivada precisa de muita inspiração, e precisa daquilo a que se chama "thinking outside the box" ou seja, pensar fora da caixa. É gratificante.


Originalidade: Sempre foi uma coisa que me fez reflectir muito, e que considero tão extremamente importante. Nunca gostei de ser igual a ninguém, sempre detestei ( e acho que para isto já tenho idade para detestar!) que me imitassem, copiassem, e por aí fora... Acho desnecessário. Irrita-me. É mesmo o que mais me irrita, é ver alguém a copiar outra pessoa. É assim seríamos todos iguais. Talvez serei demasiado utopista. Mas acho que ninguém deveria ter vergonha de quem é. Ou sequer tentar ser outra pessoa. Por alguma razão somos todos diferentes!!! Hello!? Estou a abrir algumas cortinas ou assim!? Parece-me óbvio. É talvez a única coisa que pode ser sempre nossa. Pois se alguém tentar copiar alguém isso não faz dela original, apenas muda a sua identidade de " pessoa-à-procura-de-ideias" para "pessoa-que-encontrou-ideias-e-fez-um-copy-paste-da-vida-real"! Chama-se plágio. E agora vem o tema da moda, sim há modas, mas porque andaremos todos com a mesma t-shirt amarela com bolinhas? - sim estou a falar do fenómeno daquilo a que decidi chamar "trouppe dos tops às bolinhas". Porquê!? Para quê!?


Sim, descobriram, não estou a falar disto por acaso. Sim, hoje descobri que alguém que conheço, a meu ver, se tornou demasiado parecido comigo. E assim, e na sequência natural das coisas, irritei-me. Foi momentâneo, mas já sei o que vou fazer. Pode ter sido uma Epifania.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Confessions of a Sand Box - 2nd part


Bem sei que não vos escrevo há muito, membros e apoiantes da comunidade felina leitora.

Mas a verdade é que tenho andado ocupado, e sim, estou a ter um dia afectado ( não, "infectado" não, C'horror!), mas tenho direito a isso, não?
O meu nome acarreta um fado, sabem? O da leitura.
Tenho de ler, é uma necessidade, quase profesica.
Porque um dia, alguém decidiu chamar-me Zippy Saramago. Calhou, sei-lá. Mas também quem me mandou dormir no Livro das Tias da Ana Bola?-Bela inspiração...!

"Gato que é gato, dorme", sempre ouvi dizer... Um momento, - Onde está o meu Sherry!?
Sempre o disse, e continuarei a afirmá-lo, não fui esculpido para uma vida destas!! Sou um gato de classe, boas famílias... E se não fosse o crash de Wall Street em 29 estaria provavelmente a ser massajado, e "salamalequesado" num solar no sul da California. Sim, sei que é verdade, por escrita não poderiam conhecer o meu chiquíssimo sotaque dos eStates... mas sim, obviamente estaria lá. Não é que alguma vez lá tenha estado, mas... estaria lá de certeza...
Mas não-não! Em vez disso decidiram chamar o gato de Zippy (onde é que já se ouviu!?) e levá-lo de Salvaterra de Magos... Ao menos Saramago dá alguma credibilidade...E ainda bem que já não vivemos na idade-média, assim sempre posso subir uns patamares sociais...
Tenho de dar umas lições a estes Humanos, não têm um pingo de dignidade, saem de casa de chinelos a dizer que vão para a praia...Mas quem é que vai à praia? C'horror! Naquela areia imunda onde todos põem os pés..Ao menos os meus Humanos não tiram os chinelos na areia...Sim, sou um gato orgulhoso. treinei-os bem...
Sinceramente,
Z. Saramago

Atenção Víbora Ousada


Mas o que achas que estás a fazer?
Não mudas nada.
Só estás a perder.

Os planos que fazes
São para esquecer.
Vê se trincas a língua, víbora!
Tens olhos p'ra ver!

Apesar de embainhada,
Tenho a espada bem afiada.
Vou ao teu castelo
Ver-te perder.

Achas-te tão lixada.
Estás pronta a morder.
Ainda perdes o fio à meada,
Vá, vai-lá p'ró sofá TV ver.

A tua máscara
É o teu abrigo,
Mas a tua língua áspera
É o meu inimigo.

Por buracos e caminhos,
Escondes-te,
À espera
De uma presa.
Esse teu depósito de veneno
Feito represa.
Pensas que te veneram,
Mas mal te toleram.
Desce lá dessa banqueta,
Que achas pódio.
Vês-te grande vedeta,
Mas quem te olha
Só sente ódio.

Admite,
Esta minha raiva
Encanta-te.
Gostas de ver
Este teu Zé Povinho sofrer.

Já pensaste bem?
Pode ser só fachada...
É que desta luva branca,
Espera-te uma boa chapada.

Fazes de todos mero escarrador.
Mas acredita que cuspir o teu veneno
É tão bom que quase gera amor.

Tem cuidado!
É que esse teu fogo,
Que ainda não sabes cuspir,
Pode ser amor.
Esse grande jogo
Que para ti,
Não passa de fulgor.
É um ardor.
Esse sentimento que me causas,
Pequeno desconforto,
Nada mais que calor.

Já não me afectas,
E nem isso detectas.
Andas assim tão ocupada
Víbora ousada?

Se estás ameaçada,
Espero bem de extinção.
É que tanta crueldade junta
Afoga-me o coração!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Pretexto para Protesto


Uma pessoa sem cabeça,

Num mundo sem corpo,

Num dia sem fim.

Sem um momento louco,

Tudo parece pouco,

Mas talvez só a mim!

Eu quero ter cabeça,

Quero pensar!

Eu quero um corpo no mundo,

Quero ouvir falar!

Eu quero dias sem fim,

Mas também avançar!

Quero momentos loucos,

Sem significados ocos,

Quero ouvir a Terra rodar!

domingo, 12 de agosto de 2007

O Caso d@ Capa Profanad@


Poderá ser esta mais uma crise de Pitabulling (não confundir com o hediondo Bullying!), porém é importante destacar a urgência da resolução d'O Caso d@ Capa Profanad@.


Há coisa de dois dias PitaBull viu-se confrontada com o facto de @ su@ cap@ ter sido adulterad@. Que é como quem diz, algo ou alguém terá desvigorado este belíssimo exemplar de projecto escolar.


"Como?", oiço perguntar os meus caros leitores, pois bem, é isso mesmo, alguém (ou algo) danificou tanto a minha capa como o meu K. Sendo a estratégia (admito, bastante inteligente) a seguinte: tirando partido das capacidades de uma caneta, muito possivelmente de feltro fina (aprox. 1mm espessura), cor laranja forte, (poderá vir a ser acusada de cumplicidade no acto do crime), desenhou pequenas e desordenadas "bolas" ( não é possível considerá-las círculos) na superfície da letra K colocada na artísticamente inspirante capa de PitaBull.


NA IMAGEM PODEMOS VER A HEADSHOT DOS SUSPEITOS DE CUMPLICIDADE


As investigações vão continuar, e em breve esperam-se resultados sobre o teste de grafia efectuado a alguns suspeitos.


A família de PitaBull mostra-se renitente quanto ao facto de prestar declarações.
Há sempre a esperança de que o autor do crime se entregue às autoridades pertencentes à jurisdição relacionada.


Esperam-se novos avanços dentro de dias.


Aviso: Neste texto pessoas e factos não são inteiramente fictícios.

Curioso...


Ontem, de regresso a casa, deparei-me com uma coincidência interessante que deambulava pela minha mente, um pequeno e, a meu ver, curioso facto para quem se interessar:


Sporting Clube de Portugal - SCP; se reorganizássemos as siglas dos outros, por assim dizer, grandes de forma a seguirem a mesma estrutura da sigla deste clube, o Benfica transformar-se-ia num banco e o Porto num partido!


Teríamos então o SCP, clube; o BCP, clube; o BCP, banco; o PCP, clube e o PCP, partido.


Estranho, e, curioso!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Amor em Dinamarquês - Learn Danish Now! It's easy!!


As palavras são o nosso vento, tanto estão a nosso favor, como contra nós.




O Amor, parece-me um bom princípio.


Vejamos, para aqueles que acreditam em amor à primeira vista ( caso contrário arranjem outra explicação pois o meu cérebro ainda está fatigado de tanta estimulação) pensem na seguinte situação:


"Estão a andar pela rua e de alguma forma são levados para o aeroporto e embarcados num avião direito a Copenhaga. E, explosivamente apaixonam-se pela primeira pessoa dinamarquesa que vêem ( sim, pode ser a hospedeira ou o piloto). Como lhe explicar a situação?


Está certo que muitos deles falam bem inglês, mas já que há tanto interesse em conhecer novas línguas porque não experimetar o dinamarquês? Ora bem , aqui vai:




Amo-te; em linguagem escrita: "Jeg elsker dig"; em fonética melkiana: "Iai elsca dai"




Depois há o grande problema, será que o amor é mútuo? Também tenho solução:


Amas-me de verdade?; em linguagem escrita: "Jeg elsker du mon vierkler mej?"; em fonética melkiana: "Iai elsca du mon viecle mai?"




E então caso a resposta seja positiva suponho que a alegria afluirá às cordas vocais, altura correcta para expulsar um decidido: Eu sou Boss.


Em linguagem escrita: "Jeg er cheffen"; em fonética melkiana:"iai eh chefn"




Por esta altura, expecialmente se se tiverem expressado na rua correndo em círculos, tentando voar, ocasionalmente dando bicadas no chão de tanta alegria, e usarem a modo da crista capilar poderão ouvir qualquer coisa como: "Qiuline!"


Em Portugês: "Galinha!"; em linguagem escrita: "Culine"




Mas não se irão importar pois estarão "hiugue" com o vosso mais recente amor.


Em Português: neste contexto, qualquer coisa como acarinhar; em linguagem escrita: "Hygge"




A propósito, talvez seja bom relembrar as boas maneiras, "Tac", em fonética melkiana, em linguagem escrita: "Tak"; e em Português "Obrigado". "De nada" também não é complicado digam "Sel tac", ou escrevam "Sel tak". E o mais básico dos básicos "Sim" e "Não" respectivamente "Ja" e "Nej", ou em fonética melkiana: "Iá" e "Nai".

DINAMARCA - LIV 07 (click aqui)


Nem sabia aquilo de que estava à espera. Só sei que foi o máximo.


Começando com dois dias em Copenhaga. Já estavam a ser especiais...


Pensar nisto faz com que sinta um pequeno tremelicar de orgulho, afinal sou Guia de Portugal, e assim vivi uma experiência única, que apenas 3200 puderam experimentar também.


Foi único.


Sim, estou cansada e cheiro a fumo apesar de ter tomado banho todos os dias, mas já ninguém me tira isto. É uma memória ainda fresca, que espero ser eterna.


Um campamento que nos encheu de água gelada, revigorante e pura. Supostamente aquecida por painéis solares, já sei. Mas até isso foi bom!


Tantas pessoas, todas diferentes! Nunca me quero esquecer. Tantos nomes, tantas caras, tantas coisas diferentes.


Podem pensar "-Mas quem vai para a Dinamarca no Verão?", já têm a resposta: Nós!! Nós fomos. E quero lá voltar.


Trocas inconscientes de shampoo e voos transbalneáricos de chinelos; simbologia digital recentemente adquirida.


É uma experiencia que não se consegue de mais forma alguma, acampar. As relações apesar de se estenderem por menos tempo são mais condensadas, mais fortes. É diferente. Mais intenso.


Mas é preciso gostar.


Representar Portugal. Viver tudo, tentando chupar até os ultimos restos de tudo com uma palhinha, ainda que tapada. Acho que é assim.


Acho que até já sei falar relativamente bem Médico em inglês e tudo.


Alguns nomes ficam. Kamma, Nina, Olivia, Ida, Hanne, Christine, Sofie, Malene, Nynne, Tobias, Frederic, Christian e de certeza outros.


Meia dúzia de palavras, vulgares, mas penetrantes, chegam, mesmo mal pronunciadas.


Os nomes podem esfumar, as palavras também, mas as recordações, gestos, os sorrisos, esses, não. Ficam para sempre. E os infinitos tripés também.


>> Então foste à Dinamarca, sabes dizer alguma coisa em Dinamarquês?

>> Sei, "iai elsca dai" "iai eh chefn" "qiuline" "iai elsca du mon viecle mai?" "hiugue".

>>Huh?


Foi simplesmente aquilo.

Parte da minha Liv.