Este Nosso Jardim
Ás vezes temos medo de tentar.
Não foi preciso. A genuinidade transparece e transpira, impregnando a nossa pele, com um cheiro bastante característico.
Eram as crianças.
Sim, chegámos um pouco tarde, e elas já se estavam a conhecer. Entre risos e descobertas e por acaso bifes assados também, lá encontrámos o nosso lugar.
Aceites como parte do clã, entrámos em acção, aceitando as suas brincadeiras e mostrando-lhes outras nossas...
Polícias, ladrões e outros que tais, por vezes esquecidos apenas pela fome do almoço. Entre folhagem densa e intrigante, caminhos batidos, pouco esquecidos.
Ambientes esvoaçantes, leves e ritmados. Protestos para ignorantes. Um sussuro brisado leva-nos os pés e flutuamos por entre as figueiras várias.
E então ouvimos, uma risada, alegre, despreocupada, são os polícias e os ladrões, na brincadeira do almoço, por entre baba de lesma e lasanha de peixe.
Segredos secretos, pouco concretos, pessoas especiais que encontrando-se dançam, representam algo tão vastamente importante como o sul de "Portugale".
Beijos envergonhados, despedidas inesperadas, confusões metropolitanas num jardim secreto que será sempre o nosso.
Plantas por fora, gente por dentro, são as adaptações que fizemos, chamando todos para ser também uma borboleta leve e esvoaçante e sonhar, neste nosso jardim.
1 comentário:
Ha uma teoria, moderna, recente, fresca, que diz que um bull pode ser perigoso para as crianças.
Graças ao verde do campo, estas safaram-se. uf..
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