quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A Ânsia do Tempo

E quando o tempo não passa

e os relógios não andam
A ânsia fervilha
numa frágil tacinha

O tempo não anda
Não pára de não andar
Não avança
Não se cansa
Alguém o faça mudar!

Parados
todos estamos
e cansados
do tempo duvidamos

Tamborilamos
Assobiamos e gritamos
Pois cansados estamos
do tempo esperar

Estamos acorrentados
a este lugar
Por favor
alguém convença o tempo a andar!

Já de unhas roídas
(e boca arreganhada
que não tarda a espumar!)
É raiva sintética
fruto do tempo parar.

E em delírios meio apagados,
estamos conscientes,
mas sonhados.
Fatigados.

Sabemos que nem um tudo nada mudou.
Só que a nossa vela ainda não se apagou.
Para a minha Família.

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